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terça-feira, novembro 29, 2005 

Chegou a cor


A espera terminou. Já chegaram às lojas portuguesas os novos iPod, da Apple, e o novo Zen Micro Photo, da Creative. As apostas dos leitores digitais das duas marcas que têm bipolarizado as preferências dos compradores estão nos ecrãs a cores, na maior capacidade de memória e na capacidade para ler vídeos (no caso dos iPod de 30 e de 60 gigas).

Diz-se que em equipa que ganha não se mexe. Parece que a Apple e a Creative seguem o ditame. Vai daí decidiram deixar imaculado o “design” dos leitores que já se tornaram peças de culto. A excepção, no bom sentido, vai para o iPod Nano. Os senhores da Apple submeteram o irmão do meio da família iPod a uma lipoaspiração: de lado, é da grossura de uma bolacha Maria; em pé, é do tamanho de um lápis do Ikea; o peso (42 gramas) serve apenas para o sentirmos no bolso. O resultado está muito perto da perfeição. Falta saber se se confirmam as críticas à facilidade com que se riscam os monitores. Nos EUA, um grupo de compradores apresentou queixa contra a marca de Steve Jobs por causa deste problema.

Riscadelas à parte, os iPod Nano (em branco ou em preto) estão disponíveis com capacidades de memória de 2 ou 4 gigas, para armazenar 500 ou 1000 músicas, respectivamente. Com os novos monitores LCD a cores (de 3,81centímetros) é possível ver a capa do CD que está a correr e guardar até 25.000 fotografias, no caso dos leitores de 4 gigas. A Apple garante que a bateria dos Nano dura até 14 horas, dependendo, obviamente, do uso que se faz do aparelho. Entre os formatos de compressão compatíveis estão, entre outros, o mp3, AAC e o WAV. O portal PIXmania está a vender este leitor de 4 gigas (em branco) por 250 euros. O de 2 gigas (preto) custa 211 euros.

O Zen Micro Photo, concorrente directo do iPod Nano, oferece mais capacidade de memória (8 gigas, o equivalente a 4 000 músicas e milhares de fotografias) e um ecrã OLED com 262 mil cores. Com a mesma sobriedade dos anteriores leitores, a Creative manteve os novos Zen com um rádio, com 32 pré-memórias, para os que estiverem fartos das 4.000 músicas gravadas no disco, e um gravador de voz que permite gravar também o sinal FM. A duração da bateria pode ir até às 15 horas. O peso (115 gramas) é talvez o principal “handicap” em relação ao Nano da Apple que pesa menos de metade. A aposta no azul ártico, nas teclas de comando e à volta do leitor, também se mantêm. E ainda bem! O sítio da Fnac tem estes leitores marcados a 269 euros.

Noutro campeonato estão os leitores maiores da família iPod que oferecem capacidades de armazenamento de 30 e 60 gigas. Também aqui a Apple conseguiu emagrecer ligeiramente os aparelhos (10,41 cm x 6,1 cm x 1,1 cm, nos de 30 gigas) sem deixar de os artilhar com as melhores tecnologias e maiores capacidades de memória. A marca garante que o novo iPod ocupa menos cerca de 45 por cento do espaço que o iPod original. O leitor de 60 gigas só tem mais 3 milímetros de espessura (1,4 mm) do que o de 30 gigas. Em relação aos iPod de quarta geração (20 gigas) poupou-se 10 por cento de espaço. Nada mal.
Mas, a grande aposta da Apple neste iPod passa pelo vídeo. Para uma melhor visualização foi aumentado o ecrã, um LCD de 5 centímetros (na diagonal) com retroiluminação LED. Para além de ver “slideshows” de fotografia, os “iPoders” vão poder escolher os seus “podcasts” de imagem. Os de som, obviamente, continuam também a ser legíveis. O novo aparelho permite ver fotografias com formatos JPEG, BMP, GIF, TIFF, PSD (só mac) e PNG. Quanto a preços, o portal da Webboom está a vender os leitores de 30 gigas por 333 euros e os de 60 gigas por 447, com oferta dos portes de envio.